O que eu quero dizer com isso é: somos todos prostituídos, em maior ou menor grau.
Quantas vezes você fingiu ser o que não é, apenas por convenção? (Isso é melhor, faça isso, não aquilo - ecoando em sua cabeça)
Quantas vezes você pensou se iam gostar da maneira como você se porta, da sua aparência ou do que você veste? (Só sua embalagem)
Quantas vezes você foi para a academia pra ter um corpo "bom" pra alguém que não era você? (E você ainda diz que isso não tem nada a ver com prostituição)
O que você está mostrando é só seu corpo, é isso que você está vendendo. Sim, vender o corpo.
Sim, eu sou exatamente esse corpo, artificial e moldado para agradar.
Corpo de massa tão podre e densa que não deixa aquela pequena coisa chamada alma aparecer.
Corpo que atua e finge sentir prazer com essa vida automática, de brincar de sentir prazer. Prostituição.
Corpo que esconde vontades, necessidades, sentimentos. Essência.
Povo que se comporta como boiadas indo para o abate, todos iguais em condenação. Todos propriedade de um único dono. (Conformismo? Medo? Adequação? ... Vazio?)
E "tudo" isso pra quê?
E aquela pontinha de vida própria, cadê?
I'm high class, I'm a whore
(actually both)
Prostituição
domingo, 17 de abril de 2011
Postado por Nati (: às 20:15 0 comentários
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